⚡ A revolução dos veículos elétricos está transformando os condomínios brasileiros, mas a falta de informação ainda gera dúvidas entre síndicos e moradores.�
No dia 26/03/2025, o Corpo de Bombeiros de SP e a ABVE realizaram uma importante Audiência Pública Online sobre Segurança e Eletromobilidade (assista aqui). Os principais pontos debatidos:
Distanciamento obrigatório: 5m entre carregadores ou paredes com 90min de resistência ao fogo
Ventilação reforçada: Sistemas mecânicos obrigatórios em subsolos
Equipamentos de emergência: 2 extintores ABC a cada 15m + disjuntor de emergência
Monitoramento contínuo: Sensores de temperatura nas estações
Dica da OMA: Realize uma vistoria elétrica preventiva para identificar se a infraestrutura do prédio suporta a carga adicional. Condomínios antigos podem precisar de upgrades na rede elétrica.
1. Instalação de Carregadores
Para Síndicos:
Projeto técnico especializado: Contrate engenheiros para dimensionar a carga e evitar sobrecargas.
Medição individual de consumo: Sistemas com cartão ou app permitem cobrar o uso diretamente do morador, evitando conflitos.
Regulamentação interna: Estabeleça regras claras sobre agendamento de vagas e responsabilidades em caso de danos.
Para Moradores:
Solicite aprovação em assembleia: Mesmo que você pague pela instalação, a maioria dos tribunais exige aval de 2/3 dos condôminos.
Prefira carregadores inteligentes: Modelos com limite de potência (ex.: 7 kW) evitam sobrecargas em redes de 220V.
2. Jurisprudência: Decisões Judiciais Recentes
O Judiciário tem sido claro: a assembleia é soberana. Em casos analisados pelo TJ-SP e TJ-CE, mesmo moradores dispostos a arcar com custos tiveram pedidos negados por falta de consenso coletivo. Um exemplo emblemático:
“A instalação na vaga privativa impede que outros condôminos usufruam do mesmo direito futuramente” – Acórdão do TJ-SP.
Dica da OMA: Promova reuniões informativas para apresentar benefícios, como valorização do imóvel e redução da pegada de carbono.
3. Soluções para Condomínios Antigos
Condomínios construídos antes de 2020 enfrentam desafios extras:
Parcerias com empresas de energia: Empresas como Zletric oferecem modelos de leasing de carregadores, sem custo inicial para o condomínio.
Carregadores portáteis: Podem ser usados temporariamente, mas exigem acordo para rateio da conta de luz.
Substituição gradual: Priorize a modernização elétrica durante reformas prediais.
4. Perguntas Frequentes (FAQ)
Q: O condomínio pode proibir a instalação de carregadores?
R: Sim, desde que a decisão seja tomada em assembleia e justificada por motivos técnicos ou de segurança.
Q: Quem paga pela energia consumida?
R: O ideal é que cada morador pague diretamente via sistema de medição individual. Caso contrário, o custo deve ser rateado conforme uso.
Q: Carros elétricos aumentam o risco de incêndio?
R: Estudos suecos mostram que VEs têm 25 incêndios/100 mil veículos, contra 1.530 em carros a combustão. Porém, exijam planos de emergência específicos.
5. Tendências e Inovações
Leis municipais: São Paulo já exige pontos de recarga em novos prédios desde 2020.
Tecnologia compartilhada: Plataformas de agendamento de vagas via app evitam conflitos 15.
Incentivos fiscais: Embora SP não isente IPVA para VEs, há benefícios como isenção do rodízio 5.
Conclusão
A transição para carros elétricos é inevitável, mas exige planejamento técnico, diálogo e investimentos. Condomínios que se adaptarem agora não apenas evitarão multas e conflitos, mas também se posicionarão como pioneiros em sustentabilidade urbana.
📌 Para Saber Mais:
Acesse o FAQ completo da Secovi-SP e o guia prático do Corpo de Bombeiros para detalhes técnicos.
